
Na manhã deste domingo (24/5), uma operação promovida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em conjunto com o Comando de PolÃcia Ambiental (Am), o 6° Batalhão da PolÃcia Militar e a PolÃcia Civil, apreendeu 52 pássaros na feira livre da praça São Francisco Xavier, na Tijuca. Entre os animais comercializados ilegalmente estava um pixoxó (Sporophila frontalis), espécie nativa ameaçada de extinção. Três pessoas foram encaminhadas para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e responderão criminalmente sobre o caso.
Além do tráfico de animais, os responsáveis também responderão por captura e cativeiro irregulares, além de maus-tratos, já que os animais estavam confinados em pequenas gaiolas, inadequadas para o seu porte. Entre as espécies apreendidas também estavam canário-da-terra, coleirinho, canário-belga, periquitos-australianos e mandarim.
Os animais nativos serão soltos na natureza ainda hoje, no território do Parque Estadual da Serra da Tiririca, unidade de conservação istrada pelo Inea na Região Metropolitana. Já os pássaros exóticos irão ar por atendimento veterinário e, posteriormente, serão encaminhados para um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) ou para um mantenedouro parceiro do instituto.
"Esta operação reforça o nosso compromisso com a proteção do meio ambiente e o combate implacável aos crimes contra a fauna silvestre. Não vamos tolerar práticas ilegais que coloquem em risco a biodiversidade do nosso estado. Seguiremos atuando com rigor e fortalecendo as ações de fiscalização", destacou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
A operação foi fruto de um trabalho de inteligência do Inea e das polÃcias Civil e Militar. A investigação seguirá para apurar outros casos de tráfico de animais silvestres ligados aos envolvidos na ação desta manhã.
"Essa feira acontece todos os domingos e nossas equipes identificaram que havia essa comercialização ilegal de aves. Fizemos contato com as instituições parceiras e começamos um trabalho de monitoramento dessa área para identificar a quantidade de animais, quais espécies, as viaturas usadas por essa pessoas e até suas residências. A ideia é evitar ao máximo a retirada desses animais da nossa natureza", explicou o chefe do Núcleo de Proteção Ambiental das Unidades de Conservação, Andrei Veiga.
Denúncias de crimes ambientais em todo o estado do Rio de Janeiro podem ser feitas ao Linha Verde por meio dos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local), 2253-1177 (capital), no aplicativo para celular "Disque Denúncia Rio", onde usuários com sistema operacional Android ou IOS podem denunciar anexando fotos e vÃdeos, com a garantia de anonimato.